sexta-feira, 19 de setembro de 2014

REPORTAGEM - UMA BRAVO NOVILHO PARA UMA ENORME FAENA

REPORTAGEM
UM BRAVO  NOVILHO
PARA UMA ENORME FAENA
   Na tarde de quarta-feira passada dia 17, houve tréguas ao mau tempo, de modo a que se pudesse realizar a Novilhada Popular, na Praça de Toiros “Daniel do Nascimento”, e em que seis jovens  pudessem  realizar o seu sonho maior, o  de tourear. A desmedida afición e genorosidade dos ganaderos que disponibilizaram seis novilhos gratuitamente, assim como dos bandarilheiros profissionais que prescindiram dos seus honorários para promocionar este espectáculo, que tantos, como nós, amamos. Seis alunos de outras tantas Escolas de Toureio, desfilaram pela arena Moiteira, uns com mais recursos técnico– artísticos do que outros, mas todos eles com dignidade cumpriram o compromisso a que se dispuseram.
   O primeiro novilho pertencia a Manuel Calejo Pires, antigo forcado do Grupo de Montemor, foi lidado pelo jovem Juan Luís Moreno, que o recebeu com uma larga afarolada de joelhos. Bandarilhou-o regularmente para com a muleta, estar  esforçado. A João Martins, coube-lhe um novilho do Engº José Samuel Lupi, complicado, que o jovem foi receber à “Porta dos Sustos”, com uma larga afarolada,, e destacou-se num quite por chicuelinas. Bandarilhou e com a muleta pouco pôde fazer. Sérgio Gonçalves recebeu o terceiro, que ostentava o ferro de Santiago, com lances à verónica. Esteve airoso no tércio de bandarilhas e instrumentou-lhe uma faena de muleta à base da mão direita, o lado mais potável do antagonista, ligando bem a séries rematadas com passes de peito. Juan Marquez, a quem coube outro novilho da Casa Lupi, teve uma actuação discreta, tendo o bandarilheiro Joaquim Filipe Oliveira, brilhado num imponente par de bandarilhas. Sérgio Nunes esteve esforçado no três tércios, sem contudo conseguir atingir o brilhantismo, frente a um novilho áspero do Engº José Samuel Lupi. A encerrar, viria o prato forte desta novilhada. Saiu à arena um nobre e codicioso “Colorau”, pertencente à ganaderia da Quinta de Mato—Demo, propriedade dos irmãos Carreira, codicioso de investidas. Luís Miguel Naharro, um jovem de Mérida, cultor de um perfumado toureio andaluz, momentos houve, que me fizeram recordar os grandes Rafael de Paula ou “Morante de La Puebla”, abriu o percal, e com sentimento lanceou por compassadas  verónicas, carregando a sorte, foi  ganhando terreno ao nobre antagonista. UMA OBRA DE REQUINTADA ARTE! Brindou a sua faena ao novilheiro Luso Joaquim Ribeiro “Cuqui”, seu amigo e com a flanela rubra, instrumentou uma faena templada, ligando séries por ambos os pitons, baixando a mão, provocando a investida com suaves toques, rematados com profundos e extensos passes de peito e trincherazos. Uma faena longa, mas bem estruturada.  UMA DELÍCIA, para deleite dos  amantes da tauromaquia.
  O espectáculo foi superiormente dirigido por Rogério Jóia, que uma vez mais, demonstrou a afición ao toureio, que lhe vai na alma!
   Já extra novilhada, no final, apresentou-se a jovem aluna da Escola de Toureio da Moita Paula Santos, frente a um novilho de Cunhal Patrício. Esteve valente tanto com o capote em que lanceou à verónica, como com a muleta que deu passes pela direita, a um novilho que se revolvia num palmo de terreno e que em nada lhe facilitou a tarefa.  

PAULA  SANTOS

QUANDO CHEGAR AO FINAL DA PÁGINA, CLIQUE EM MENSAGENS ANTIGAS, OBTERÁ MAIS INFORMAÇÃO.


Sem comentários:

Enviar um comentário